Perícia contradiz acusações da família sobre espancamento de mulher morta por PM em MT 2c2e66

A explicação técnica confronta as denúncias feitas pela mãe da vítima, Noemi Daniel, que afirma que a filha foi espancada, torturada e até teve o cabelo cortado antes de morrer. 2o5d6y

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou, nesta quarta-feira (29), que as lesões encontradas no corpo de Gabrieli Daniel de Moraes, de 31 anos, assassinada a tiros no último domingo (25) pelo marido, o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, são consequências da necropsia e dos disparos que causaram a morte.

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Gabrieli Daniel de Moraes, de 31 anos, foi morta pelo marido no dia 25 de maio (Foto: redes sociais)

A explicação técnica confronta as denúncias feitas pela mãe da vítima, Noemi Daniel, que afirma que a filha foi espancada, torturada e até teve o cabelo cortado antes de morrer.

Gabrieli foi morta dentro de casa, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Segundo a Politec, as incisões e suturas identificadas nos braços, costas e atrás da orelha foram feitas para localização de projéteis e determinação da trajetória dos tiros.

“O exame de necropsia não apontou lesões corporais decorrentes de agressões, exceto as lesões por arma de fogo que causaram a morte da vítima”, pontuou a nota, publicada na íntegra ao final da matéria.

Apesar disso, o impacto das imagens do corpo levou a mãe a realizar um desabafo em áudio, que o Primeira Página teve o.

Noemi relata que a filha teria sido espancada com extrema violência. “Quando a gente abriu o caixão e viu ela, a revolta foi muito grande. A minha filha chegou deformada, não deu nem para reconhecer. Cortaram até o cabelo dela, que era lindo. Ela era uma menina boa, ‘trabalhadeira’, cuidava dos filhos, estudava”, disse.

Gabrieli cursava o último semestre de Enfermagem e estava prestes a se formar em agosto. De acordo com a mãe, ela cuidava da casa e dos filhos, inclusive do próprio agressor. “Esse animal só vestia roupa ada, ela cuidava de tudo. E ainda assim ele fez isso”, desabafou Noemi, exigindo que o acusado nunca mais tenha contato com os filhos.

Investigação em curso 195r26

Ricker se entregou à polícia no mesmo dia do crime e foi autuado em flagrante. Em depoimento, limitou-se a dizer que foi uma tragédia e que “estragou a própria família”.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob responsabilidade do delegado Bruno Abreu. Segundo ele, os laudos periciais definitivos devem ser concluídos até a próxima terça-feira, quando o inquérito policial deve ser finalizado.

Em depoimento, o PM Ricker Maximiano disse que ‘estragou a família’. (Vídeo: Reprodução)

Até o momento, foram ouvidos familiares do suspeito e vizinhos do casal, que relataram nunca terem ouvido gritos ou discussões anteriores ao crime. O delegado afirmou que agora serão ouvidos os familiares da vítima para entender melhor a relação do casal e investigar possíveis antecedentes de violência doméstica.

“Foram três disparos. Uma testemunha relatou ter ouvido um primeiro tiro, depois outros dois com alguns minutos de intervalo. Quando foi em direção a casa, viu o suspeito saindo com as crianças”, explicou o delegado.

Veja nota da da Politec:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esclarece que as incisões e suturas encontradas no corpo de Gabrieli Daniel de Souza, são resultantes da realização de técnicas de abertura do corpo para a realização do exame de necropsia.

Estes procedimentos são aplicados a todos os corpos submetidos ao exame. Gabrielli foi vítima de feminicídio no domingo (25.05), em Cuiabá.

As incisões cirúrgicas no braço e nas costas, e atrás da orelha, são necessárias para a localização os projéteis alojados na vítima, identificação da trajetória do tiro, e que deixam lesões no corpo após término.

O exame de necropsia não apontou lesões corporais decorrentes de agressões, exceto as lesões por arma de fogo que causaram a morte da vítima.

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