Mulher morta por PM em MT seria testemunha em júri do acusado por tentativa de homicídio 4ft70

O Tribunal do Júri seria realizado nesta quarta-feira (28), mas foi redesignado para o próximo dia 8 de julho. 3y525h

Gabrieli Daniel de Moraes, de 31 anos, morta a tiros pelo próprio marido, o Policial Militar Ricker Maximiniano de Moraes, seria testemunha dele no júri do caso em que ele é réu por tentativa de homicídio, em 2018, contra um adolescente que na época tinha 17 anos, em Cuiabá.

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PM preso por morte da mulher chama feminicídio de ‘fatalidade’ durante interrogatório. (Foto: Reprodução)

O promotor de Justiça Jacques de Barros Lopes pediu a prisão preventiva do PM que foi acatada pela Justiça. O Tribunal do Júri seria realizado nesta quarta-feira (28), mas foi redesignado para o próximo dia 8 de julho.

O policial militar já está preso desde a última segunda-feira (26), por matar a mulher no dia 25 de maio, também em Cuiabá e ainda fugir com a filha do casal. No dia seguinte, ele se apresentou na delegacia.

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PM tentou matar a tiros um adolescente jogador de futebol há 6 anos 26232m

A tentativa de homicídio ocorreu na Avenida General Melo, no ano de 2018. O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) defende que o PM atirou contra o jogador de futebol, na época dos fatos com 17 anos, por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Segundo o inquérito policial, a vítima estava retornando para casa na companhia de outros 2 adolescentes, quando se depararam com um casal discutindo na rua — o policial militar e sua namorada. O PM disse aos adolescentes: “O que vocês estão rindo? VAZA, VAZA!”. Em seguida, levantou a camisa e retirou uma arma de fogo da cintura.

Na sequência, a vítima e os adolescentes saíram correndo, sendo perseguidos pelo PM, que também correu atrás deles. Após alguns metros, a vítima percebeu que o PM havia parado e, por isso, também parou de correr. Nesse momento, Ricker efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima, que foi atingida pelas costas.

“Esse jovem tinha um pré-contrato com um time de futebol, era um jogador promissor. Ele teve sua carreira esportiva e profissional completamente ceifada. O jovem possui sequelas graves em decorrência do ferimento por arma de fogo. Perdeu a locomoção e o movimento de uma das pernas por um tempo. Usou sonda durante bastante tempo”, pontuou o promotor.

Durante o processo, o PM ainda teria tentado forjar que se tratava de uma tentativa de assalto.

“Ele tenta, a todo momento, criar um estereótipo de bandido para os jovens, porque, na cabeça dele, eram jovens com aparência de criminosos. Quando, na verdade, eram apenas jovens pobres, negros, que estavam de camiseta, chinelo e boné, caminhando por uma rua da cidade.”

O adiamento do Júri, conforme explica o promotor, seria por conflito na tese de defesa.

“Infelizmente o júri não foi realizado porque a defesa técnica dele disse que havia um conflito de tese, uma vez que a própria defesa técnica reconhecia a materialidade, a autoria, reconhecia ali o crime que ele cometeu, queria que ele confessasse, mas ele se negou a confessar. Com base nisso, ele desconstituiu o advogado e aí foi necessário redesignar uma nova data para o júri”.

“Por ele ter cometido esse crime bárbaro, demonstrando reiteração delitiva, um padrão de comportamento criminoso, sendo um indivíduo extremamente perigoso à ordem pública e social, e também por ter matado uma das testemunhas do processo, vi um risco à instrução criminal. Em razão da necessidade de garantir a segurança da sociedade e das demais testemunhas, foi decretada, então, a prisão preventiva dele”, explicou o promotor de Justiça.

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