Elefanta explorada em circo reencontra amiga na nova vida em santuário em MT
Com aproximadamente 58 anos, Mara reencontrou recentemente a antiga companheira de recinto, a elefanta Pupy, após mais de uma década de separação.
O Santuário de Elefantes Brasil, localizado em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, voltou a emocionar ao revisitar a trajetória da elefanta Mara, símbolo de resistência e transformação após décadas em cativeiro.
Com aproximadamente 58 anos, Mara reencontrou recentemente a antiga companheira de recinto, a elefanta Pupy, após mais de uma década de separação.

Nascida na Índia, Mara percorreu um longo caminho: ou por um zoológico na Alemanha, por circos no Uruguai e Argentina, e finalmente foi levada ao Zoológico de Buenos Aires em 1995, após a proibição do uso de animais em circos no país. Lá, viveu por 15 anos ao lado das elefantas Pupy e Kuky.
Um incidente forçou a separação do trio, levando Mara a viver mais 10 anos sozinha — uma fase que marcou sua saúde emocional e comportamento.
Vista por muitos como agressiva, Mara na verdade apenas expressava o trauma e os impactos do cativeiro. Sua jornada de transformação começou durante a pandemia, quando foi resgatada pelo Santuário de Elefantes Brasil.
O primeiro dia de liberdade
Ao chegar ao santuário, Mara deu uma volta rápida, deitou numa pilha de areia e, em pouco tempo, conectou-se com a elefanta Rana. O vínculo imediato foi selado com roncos, toques e empolgação mútua. A amizade, inicialmente intensa, se transformou em uma convivência equilibrada. Outras elefantas, como Maia, Bambi e Guillermina, também aram a fazer parte da rede de afeto e cuidado construída por Mara.
Hoje, mesmo com uma lesão crônica no punho e histórico de problemas gastrointestinais, ela leva uma vida saudável, com acompanhamento veterinário constante e dieta personalizada.
O reencontro com Pupy
O capítulo mais recente da história de Mara é seu reencontro com Pupy, a mais nova moradora do santuário. Separadas há mais de 10 anos, as duas compartilharam um ado de confinamento e agora têm a chance de viver uma nova fase de suas vidas, em liberdade e com dignidade